Como pode resultar? Grávida na altura errada

Grávida na altura errada

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Tinha feito planos tão diferentes...

  • A gravidez surge sempre de forma inesperada e faz com que os planos anteriores fiquem de pernas para o ar. Pode ser muito difícil organizar o seu próprio mundo emocional e repensar como tudo irá funcionar.
  • No entanto, muitas mulheres e casais perguntam-se se haverá alguma vez um momento certo. Que opções existem para se adaptarem à nova situação e tirarem o melhor partido dela?
  • O que fazer se ficar grávida sem estar à espera e a altura for complicada? É exatamente disso que trata o nosso artigo.

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Gravidez inesperada: a vida de pernas para o ar

Se calhar fez tudo o que estava ao seu alcance para prevenir esta gravidez porque tem planos muito diferentes para a sua vida neste momento. Talvez a relação seja ainda muito recente ou a sua formação/estudos ainda não tenham sido concluídos. Talvez até desejasse vir a engravidar um dia, mas não agora. Acontece com frequência a gravidez surgir após ter tentado durante muito tempo sem êxito, precisamente quando já não estava à espera que acontecesse...

Uma gravidez, por si, tem sempre o potencial de virar quase tudo do avesso... e isto é ainda mais notório quando ela surge inesperadamente. Seja qual for o seu ponto de partida, é provável que se sinta perturbada com esta notícia inesperada, que a faz pôr muitas coisas em questão. Pode estar preocupada com o facto de ter de desistir dos seus planos anteriores. Talvez esteja receosa de que a gravidez possa afetar a sua relação. Se calhar também existe este pensamento: “E se eu ainda não estou pronta?” Muitas mulheres sentem-se assim no início de uma gravidez, mesmo quando esta é planeada.

Medo, pânico, raiva – é tudo normal!

Que uma gravidez não planeada desencadeia uma série de emoções negativas é totalmente compreensível. Muitas mulheres nesta situação reagem desta forma.

Algumas debatem-se interiormente com muitas perguntas: “Eu devia ter sido mais cuidadosa?” Muitas vezes, a raiva está muito presente: “Porque é que isto tinha que me acontecer logo a mim?!” Ou, para as mulheres que até ficariam felizes com uma gravidez, mas noutra altura da vida: “Porque é que isto está a acontecer agora? Afinal de contas, eu tinha uma boa razão para não querer engravidar nesta altura!”

Talvez se reveja nestas perguntas ou noutras parecidas. É possível que circunstâncias externas, como a situação financeira, o futuro profissional ou a conclusão da sua formação académica sejam fonte de medo e preocupação, ou que a façam mesmo entrar em pânico. Como primeiro passo, comece por autorizar-se a si própria a sentir todas estas emoções.

Pensar "fora da caixa" – 5 ideias para si

As reflexões que se seguem podem ajudá-la a encarar a situação atual de uma nova perspetiva — ideias que talvez não tenha tido a oportunidade de considerar "no primeiro momento de choque".

1. Qual é a altura certa?

Pode valer a pena colocar a questão ao contrário: “Será que em algum momento eu vou sentir que estou 100% pronta para este desafio?” “As circunstâncias perfeitas e a altura certa existem mesmo?”

Talvez também existam pessoas à sua volta em que tudo foi planeado na perfeição e parece funcionar. No entanto, esta não é a experiência que a maioria das pessoas tem na vida! Em última análise, trata-se da questão de saber o que se quer fazer da situação atual.


2. Adaptar-se ao desafio

Provavelmente todas as mulheres se sentiriam alarmadas se tivessem de se tornar mães de um dia para o outro. É por isso que a natureza nos dá nove meses, feitos não apenas para o feto se desenvolver, mas também para que a mulher se possa adaptar cada vez mais à tarefa que tem pela frente, cuidando de si própria e respeitando o seu próprio ritmo.

As alterações hormonais e os processos físicos preparam este processo interno e emocional. Para além disso, os meses de gravidez oferecem-lhe um tempo que é suficiente para preparar as circunstâncias exteriores: a casa, as compras, as mudanças profissionais...

E o mais importante é que, mesmo depois do parto, é possível aprender, passo a passo, como pode ser a vida com um filho. Talvez esta ideia possa ser um pouco reconfortante.


3. Os seus planos

Talvez tenha uma sensação opressiva ou esmagadora, de ter de desistir de muitos dos seus sonhos e projetos por causa desta gravidez inesperada. É compreensível e válido que isto a deixe assustada!

Será que existe alguma estratégia que a ajude a realizar na mesma os seus sonhos, mesmo se prosseguir com esta gravidez? Talvez isso altere simplesmente as suas prioridades ou a ordem a seguir para atingir as suas metas: o que é importante para mim agora? O que posso ainda alcançar mais tarde? Será que algumas coisas podem ser pensadas de forma mais "criativa" e realizadas com uma criança?


4. Como foi no passado?

Alguma vez passou por uma situação em que as coisas acabaram por acontecer de modo muito diferente do que tinha planeado? O que é que nessa altura a ajudou a lidar com essa situação?

Também pode ter tido a experiência de que o inesperado trouxe novas possibilidades e oportunidades. Poderá acontecer o mesmo agora? Que oportunidades podem surgir na situação atual?


5. Se estivesse no futuro, como gostaria de ter tomado esta decisão?

Às vezes, se tentarmos mudar de óculos, conseguimos ver mais claramente. Se tirar os óculos com os quais vê o presente, e colocar os óculos que a levam ao futuro e a deixam olhar para o dia de hoje como se tivessem passado dez anos, qual seria a decisão que a faria ter orgulho em si própria?


Para onde podemos ir a partir daqui?

O momento presente pode ser tudo menos fácil para si. Por isso deve, antes de mais, dar-se tempo a si mesma para se organizar internamente e avaliar a sua situação. Deste modo, pode aproximar-se gradualmente da decisão que será mais adequada para si.

Se assim o desejar, a nossa equipa de counsellors Profemina terá todo o gosto em poder apoiá-la neste processo de tomada de decisão, oferecendo-lhe uma perspetiva exterior e especializada no acompanhamento a mulheres com gravidezes inesperadas. Pode contactar-nos por e-mail, telefone ou WhatsApp!

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Autores & Fontes

Autora

Verena Küpper,
licenciada em Ciências Sociais e Humanas

Tradução: 
Maria do Rosário Boavida

Revisão

Equipa de psicólogos

Fontes

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