Aborto com comprimidos: Pílula abortiva FAQ: Aborto medicamentoso com Mifepristone

Aborto medicamentoso

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Procedimento, efeitos e outras informações sobre a IVG por comprimidos

🏥 Métodos para abortar: o que devo ter em conta? – Teste para si!

  • O aborto com comprimidos é possível no início da gravidez (até à 9ª semana de gravidez ).
  • A mulher grávida toma primeiro um comprimido conhecido como Mifepristone sob supervisão médica, que dilata o colo do útero e desfaz o revestimento uterino, causando a morte do embrião.
  • 2 a 3 dias depois, administra-se Misoprostol de modo a desencadear contracções, o que provoca a expulsão do embrião e da placenta.

Neste artigo encontrará mais informações sobre o procedimento e efeitos de um aborto medicamentoso, e sobre possíveis efeitos secundários e riscos deste método.

Métodos para abortar: o que devo ter em conta? – Teste para si!

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Aborto medicamentoso com comprimidos

Para além do método de aborto cirúrgico, é possível recorrer a fármacos para interromper uma gravidez. O aborto medicamentoso também é conhecido como aborto químico, ou hormonal. Através deste método, a interrupção da gravidez acontece na sequência da toma de comprimidos.

Neste contexto, por vezes os comprimidos utilizados num aborto são referidos como "pílulas abortivas". Trata-se de um termo coloquial para estes fármacos.

Nota importante: a pílula usada num aborto tem um ingrediente ativo diferente da pílula anticoncecional ou da pílula do dia seguinte, pelo que não deve ser confundida com estas.

Quais são os comprimidos utilizados num aborto?

Para além da primeira toma de Mifepristone (também conhecida como RU-486) são ainda utilizados comprimidos com uma versão sintética de prostaglandina, como é o caso do Cytotec®, cuja substância ativa é o Misoprostol.

Por vezes, mesmo antes de um aborto cirúrgico por sucção, pode ser pedido à mulher para tomar prostaglandina, de modo a suavizar o colo do útero.

ℹ️ De acordo com os dados estatísticos da DGS, em 2021, 65,3% das interrupções da gravidez foram feitas através deste método.

Prazos

Em Portugal só é possível recorrer a um aborto medicamentoso através de um estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido. Sobre este método de aborto, a Direção-Geral da Saúde (DGS) estabelece como limite máximo para a administração da Mifepristone e do Misoprostol uma idade gestacional inferior a 63 dias (9 semanas).

  • ⏳ Pode encontrar informações detalhadas sobre os prazos para um aborto medicamentoso ou cirúrgico no artigo Até quando posso fazer um aborto? Aí pode analisar quanto tempo ainda tem para tomar a sua decisão!

Por outro lado, não existe um limite mínimo para este procedimento, basta que a gravidez tenha sido confirmada e que a consulta prévia tenha sido realizada.

Custos

A interrupção voluntária da gravidez confere isenção de pagamento de taxas moderadoras. Deste modo, a utente não tem custos com o procedimento para IVG através do Serviço Nacional de Saúde.
Se a mulher optar por interromper a gravidez fora do SNS, o custo num estabelecimento oficialmente reconhecido irá rondar os 500€.

O procedimento de um aborto com Mifepristone

ℹ️ No artigo Métodos de aborto vai encontrar uma lista com dez passos importantes sobre o processo de um aborto.

Antes da intervenção

Ao início, deve ser apurado o grupo sanguíneo da mulher. Trata-se de uma medida preventiva, no caso de ocorrer uma hemorragia excessiva durante o aborto, tornando-se necessária uma transfusão de sangue.

Após a intervenção

Entre duas a três semanas depois da administração do último comprimido, deve ser marcada uma consulta de follow-up. Através de uma ecografia ou outros exames, o médico verifica se o embrião, o tecido da placenta e as vilosidades coriónicas foram ou não completamente expelidos pelo organismo.

Se não for esse o caso, pode ser necessária uma nova administração de comprimidos ou uma raspagem.

Quais são os comprimidos abortivos?

Na maior parte dos casos, contudo, a mifepristona não é capaz de, por si só, provocar a expulsão do embrião. Por isso, dois a três dias depois, é tomada a prostaglandina, uma hormona que induz o trabalho de parto.

Efeitos secundários da Mifepristone

O aborto com Mifepristone pode provocar os seguintes efeitos secundários:

  • Dor abdominal, cólicas
  • hemorragia intensa
  • Infecções
  • náuseas, vómitos e diarreia
  • Problemas circulatórios com tremores e sensação de calor

Nos casos em que esta hemorragia se torna demasiado severa, pode ser necessária uma raspagem ou uma transfusão de sangue. Por esta razão, um aborto medicamentoso deve ser feito num estabelecimento que possua capacidade de resposta médica para situações de emergência.

O médico deve informá-la de todos os pormenores do procedimento na consulta prévia.

Riscos, vantagens e desvantagens

À primeira vista, um aborto medicamentoso parece uma opção mais suave e menos angustiante para a mulher, do que uma intervenção cirúrgica. Contudo, há vários fatores que devem ser tidos em conta:

Possíveis desvantagens, a nível físico

O aborto através de comprimidos representa um desafio para o corpo: a nível hormonal, mas também, por exemplo, porque se prolonga por vários dias.

Possíveis desvantagens a nível emocional

As mulheres referem com frequência que vivem um stress intenso:

  • É a própria mulher a pegar no comprimido e a tomá-lo, iniciando assim ativamente o processo do aborto.
  • Muitas mulheres ainda se sentem divididas no momento em que tomam o primeiro comprimido, debatendo consigo mesmas quanto a quererem, realmente, abortar. Surge frequentemente a questão, se já será demasiado tarde, para que a criança nasça com vida. Nestes casos, é recomendável consultar um médico o mais rapidamente possível e, se necessário, obter uma segunda opinião médica.
  • Muitas mulheres consideram particularmente angustiante o facto de estarem sempre conscientes durante o processo, que dura vários dias.

Pode encontrar mais informações sobre este tema em "Possíveis consequências psicológicas de um aborto".

Se ainda está a decidir se o aborto é o caminho a seguir, ou se tem preocupações e receios relacionados com as possíveis consequências: é importante ter em conta todos os seus sentimentos e observá-los com atenção. É legítimo precisar de tempo para tomar uma decisão como esta.

O que fazer agora?

É possível que esteja grávida e a viver uma situação extremamente difícil, tal como várias outras mulheres. A informação sobre as diferentes possibilidades pode tranquilizá-la, ou perturbá-la ainda mais. É natural que haja muitos sentimentos e pensamentos que vão e vêm, talvez contraditórios entre si...

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FAQs

  • As experiências com a pílula abortiva são únicas e podem variar muito. Enquanto algumas mulheres descrevem que o procedimento foi relativamente isento de complicações, com dores moderadamente fortes e hemorragias semelhantes às do período menstrual, outras mulheres descrevem que o procedimento foi muito desgastante para elas física e/ou emocionalmente.
    Para mais informações sobre os métodos para abortar, clique aqui.

  • A pílula abortiva deve ser administrada pelo médico. Algumas mulheres consideram uma vantagem o facto de a continuação do aborto poder ser feita em casa.
    Outras mulheres descrevem precisamente este facto como uma desvantagem e um desgaste psicológico.
    Um aborto medicamentoso pode demorar várias horas ou dias. Podem ocorrer efeitos secundários como hemorragias abundantes, dores, náuseas e problemas de circulação sanguínea. Em caso de emergência, a mulher deve ter à sua disposição uma clínica ou um consultório médico. Caso não tenha a certeza da gravidade dos sintomas que sente, pode telefonar para a Linha de Saúde 24: 808 24 24 24. Se, após o aborto, ainda existirem restos no útero, pode ser necessário um procedimento cirúrgico ou curetagem.
    Por razões médicas, o aborto por comprimidos só é possível até à 9.ª semana de gravidez e o aborto cirúrgico até à 10.ª semana de gravidez (calculada a partir do primeiro dia da última menstruação).
    Quando a mulher não tem a certeza da sua decisão, o facto de o prazo ser mais curto pode ser uma desvantagem e fazê-la sentir-se pressionada.
    É sempre recomendável, antes da IVG, procurar um bom acompanhamento médico.

  • Em Portugal só é possível recorrer a um aborto medicamentoso através de um estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido. Assim, um aborto é gratuito, quando feito através do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
    Se a mulher optar por interromper a gravidez fora do SNS, o custo da mesma num estabelecimento oficialmente reconhecido irá rondar os 500€.
    Para mais informações, leia o artigo: Quanto custa um aborto

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